quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Venda de lanche

Uma forma de arrecadar verba que parece estar dando certo é a venda de lanches para conhecidos e colegas de trabalho. O prato é feito na manhã do dia da venda, os pedaços são individualmente embrulhados, etiquetados e mantidos em bolsa térmica.

Como não sou uma cozinheira de primeira mão, comecei com pratos simples e pequenos, como brownie, bolo de chocolate e uma torta de atum. Até agora, estamos bastante satisfeitos com os resultados e pretendemos continuar.

Bolinhos embalados
Além desses pratos, penso em fazer bolo de cenoura com calda de chocolate, torta bauru de presunto e queijo, pudim de coco, sanduíches de patê e bolo de maçã com canela. Participe da nossa enquete (na barra lateral) e ajude-nos a escolher os próximos lanches.



domingo, 28 de agosto de 2011

Venda de livros

Com o intuito de arrecadar verba para irmos, eu, Felipe e nossos filhos, ao VII Encontro Mundial das Famílias, a ser realizado em Milão, Itália em maio de 2012, estou vendendo alguns livros do meu acervo pessoal.
Abaixo segue a lista de livros com uma breve descrição (tiradas de diversos sites) e preço de cada obra.
Volta do Filho Pródigo; Henri Nouwen; Paulinas. (VENDIDO)
Através da observação de um poster com detalhes do quadro A volta do filho Pródigo, de Rembrandt, o autor inicia uma caminhada espiritual na qual analisa os personagens dessa famosa parábola bíblica à luz de sua experiência pessoal.

R$15,00
O livro das Religiões; Victor Hellern, Henry Notaker & Jostein Gaarder; Cia. Das Letras, 2000.
Investiga todas as formas de religiosidade, expondo suas semelhanças e diferenças. Mostra a distinção entre o cristianismo católico, o cristianismo das igrejas ortodoxas orientais e o das muitas denominações protestantes. Define e contextualiza o judaísmo, o islamismo, o espiritismo. Percorre o continente asiático e ensina o que é hinduísmo, budismo, taoísmo, confucionismo, xintoísmo. E, na versão brasileira traz ainda um apêndice sobre as religiões no Brasil, de autoria do cientista social Antônio Flávio Pierucci.
R$15,00
Os Grandes Filósofos – De Sócrates a Foucault; James Garvey & Jeremy Stangroom; Madras, 2009.
Inteiramente ilustrada, esta obra é uma envolvente e completa introdução às principais figuras da filosofia ocidental.
R$10,00
Como Educar seus Filhos – Uma nova postura para a nova família; Dr. Ruy Pupo Filho; Alegro, 2004.
O autor mostra aos pais que é totalmente possível educar bem um filho, fundamentando seus argumentos baseados numa experiência profissional de quase vinte e cinco anos, convivendo diariamente com as crianças e adolescentes. Ele mostra que educar um filho é um processo e apresenta alguns "caminhos das pedras" para fazer esta travessia com segurança e sucesso.
R$10,00
E Agora, o que fazer? A difícil arte de criar os filhos; Leonardo Posternak & Magdalena Ramos; Best Seller, 1998.
O livro, escrito por uma psicóloga e um pediatra, orienta os pais com relação ao bom desenvolvimento físico e psíquico de uma criança, desde a fase da gravidez até os 3 anos de idade. Aponta as possíveis crises e dificuldades de cada fase sugerindo formas de lidar com elas com bom senso, contribuindo para que a família possa ser um saudável local de conflitos e afetos.
R$10,00
João Paulo II – Biografia; Bernard Lecomte; Record, 2005. (VENDIDO)
Com este livro, o jornalista Bernard Lecomte apresenta a mais completa e verdadeira biografia de Karol Wojtyla, que, em 1978, aos 58 anos, foi eleito representante máximo da Igreja Católica. O livro narra os mais importantes episódios da vida desse que foi uma das personalidades mais carismáticas de nosso tempo, recontando o passado rico e contrastado do líder católico.
R$30,00
A Divina Comédia; Dante Alighieri; Suzano-Nova Cultural, 2003. (VENDIDO)
É um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e mundial e que é dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. O poema narra a jornada espiritual do autor pelos três reinos do além-túmulo, e seu guia e mentor nessa empreitada é Virgílio, autor da Eneida. Chama-se "Comédia" não por ser engraçado mas porque termina bem (no Paraíso).
R$10,00

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Casamento Religioso, um direito de quem?

Como faz todos os anos, no dia 22 de janeiro de 2011, Bento XVI recebeu em audiência privada os membros da Rota Romana, o Tribunal do Vaticano encarregado de avaliar as causas judiciárias referentes ao sacramento do matrimônio. Dentre elas, os processos destinados a estudar se, no ato de sua celebração religiosa, o casamento gozava dos requisitos necessários para a sua validade. Em caso negativo, é declarada a “nulidade matrimonial”, ou seja, a inexistência do compromisso sacramental diante da Igreja.

O que chama a atenção de quantos tomaram conhecimento das palavras do Papa é a sua afirmação de que só pode reivindicar o direito a uma cerimônia nupcial religiosa quem... vive a religião! Preocupado com o número crescente de casais que buscam os Tribunais Eclesiásticos em busca de um novo casamento, com a desculpa de que, no primeiro, não tinham as condições necessárias para assumi-lo adequadamente, ele reserva a celebração religiosa para os noivos que fazem seus os ensinamentos da Igreja.

Para Bento XVI, o direito a casar deve ser visto nesta perspectiva: não se trata de uma pretensão subjetiva, que deve ser satisfeita sem mais nem menos pelos sacerdotes, independentemente das disposições interiores dos noivos. A celebração religiosa do matrimônio pressupõe que se possa e se queira assumi-lo na verdade de sua essência, de acordo com o ensinamento de Cristo e da Igreja. Assim, só deveria “casar no religioso” quem goza da capacidade efetiva para o seu correto exercício e não tem em mente objetivos que contrastem com o seu conteúdo.

Evidentemente, para o pleno êxito de tão grande sacramento, o Papa insiste numa preparação adequada, feita possivelmente pelo próprio sacerdote. Nesta matéria, é grande a responsabilidade de quantos se ocupam das almas. O conhecimento dos aspectos basilares e práticos do Direito Canônico relativos às próprias funções constitui uma exigência de primária relevância para todos os agentes pastorais, sobretudo para quem se dedica à promoção da família.

É melhor prevenir do que remediar! Para tanto, é preciso comprometer-se, continua Bento XVI, para que se interrompa o círculo vicioso que muitas vezes se verifica entre uma admissão facilitada ao matrimônio, sem uma adequada preparação e sem uma verificação séria dos requisitos previstos para a sua celebração, e uma declaração judiciária, por vezes também facilitada, onde o matrimônio é considerado nulo apenas a partir da constatação de seu fracasso.

Um discernimento feito com seriedade, conclui o Santo Padre, poderá evitar que impulsos emotivos ou razões superficiais induzam os jovens a assumir responsabilidades que, em seguida, não conseguem honrar. O diálogo, levado adiante pelo sacerdote, separadamente, com cada um dos noivos – sem, com isso, diminuir a importância de outras conversas com o casal e, se possível, com seus familiares – exige um clima de mútua sinceridade, que leve os noivos a entender que são eles os primeiros interessados e os principais responsáveis pela celebração de um casamento válido e seguro.

Contudo, pela experiência que adquiriu através dos séculos e por ser composta de santos e pecadores, a Igreja não rejeita a celebração religiosa do matrimônio de quem, apesar de não estar perfeitamente preparado do ponto de vista espiritual, manifesta a intenção de abraçar e viver o casamento de acordo com as diretrizes e as exigências que o enriquecem.

Para Bento XVI, o bem que a Igreja e a sociedade esperam do casamento e da família nele fundamentada é grande demais para não se comprometer com eles através de uma pastoral adequada e perseverante. O matrimônio e a família são instituições que devem ser assumidas, promovidas e defendidas como prioridades por quantos acreditam no futuro da humanidade.

Ultimamente, os Tribunais e as Câmaras Eclesiásticas aumentaram tanto o seu trabalho, que correm o perigo de serem vistos como “agências de divórcio para os católicos”... Se o fato prova que muitos cristãos buscam a celebração religiosa por mera conveniência social, também demonstra que há outros que desejam regularizar a própria condição para melhor servir a Deus, à Igreja e aos irmãos.

Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados - MS
Fonte: Oliveira Valney

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Oração para o VII Encontro Mundial das Famílias

Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Pai
nós Te adoramos, Fonte de toda comunhão.
Proteja e abençoa as nossas famílias
para que nelas haja comunhão e doação mútua entre os esposos,
entre pais e filhos.

Nos te contemplamos Artífices de toda perfeição e de toda beleza.
Conceda a cada família um trabalho digno e justo,
para podermos ter o necessário sustento
e gozar do privilégio de sermos teus colaboradores
na edificação do mundo.

Nós te glorificamos, Motivo de júbilo e de festa.
Abre também às nossas famílias o caminho da alegria e do repouso
para podermos gozar, desde então, daquela alegria perfeita
que nos doaste em Cristo Ressuscitado.

Assim os nossos dias laboriosos e fraternos
são frestas abertas sobre o teu mistério de amor e de luz,
que o Cristo teu Filho nos revelou
e o Espírito vivificador nos antecipou.
E nos viveremos satisfeitos de sermos a tua família,
no caminho para Ti, Deus bendito para sempre.

Amém

Card. Dionigi Tettamanzi

CARTA DO PAPA BENTO XVI AO PRESIDENTE DO PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A FAMÍLIA EM VISTA DO VII ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS DE 2012

Venerado Irmão Cardeal ENNIO ANTONELLI
Presidente do Pontifício Conselho para a Família

No encerramento do VI Encontro Mundial das Famílias, realizado na Cidade do México em Janeiro de 2009, anunciei que o próximo Encontro das famílias católicas do mundo inteiro com o Sucessor de Pedro teria lugar em Milão, no ano de 2012, sobre o tema: «A família: o trabalho e a festa». Desejando dar início agora à preparação deste importante acontecimento, é-me grato confirmar que, se Deus quiser, ele será realizado de 30 de Maio a 3 de Junho e, ao mesmo tempo, quero oferecer algumas indicações mais pormenorizadas a propósito da temática e das modalidades de realização.

O trabalho e a festa estão intimamente ligados à vida das famílias: condicionam as suas escolhas, influenciam os relacionamentos entre os cônjuges, e entre os pais e os filhos, incidem sobre a relação da família com a sociedade em geral e com a Igreja. A Sagrada Escritura (cf. Gn cap. 1-2) diz-nos que a família e o trabalho constituem dádivas e bênçãos de Deus para nos ajudar a viver uma existência plenamente humana. A experiência quotidiana garante que o desenvolvimento autêntico da pessoa exige quer as dimensões individual, familiar e comunitária, quer as actividades e as relações funcionais, como também a abertura à esperança e ao Bem sem limites.

Infelizmente, nos nossos dias a organização do trabalho, pensada e levada a cabo em função da concorrência de mercado e do máximo lucro, e a concepção da festa como ocasião de evasão e de consumo, contribuem para desagregar a família e a comunidade, bem como para difundir um estilo de vida individualista. Por conseguinte, é necessário promover uma reflexão e um compromisso destinados a reconciliar as exigências e os tempos de trabalho com aqueles da família, recuperando assim o verdadeiro sentido da festa, especialmente do domingo, Páscoa semanal, dia do Senhor e do homem, dia da família, da comunidade e da solidariedade.

O próximo Encontro Mundial das Famílias constitui uma ocasião privilegiada para reconsiderar o trabalho e a festa, a perspectiva de uma família unida e aberta à vida, bem inserida na sociedade e na Igreja, atenta à qualidade dos relacionamentos para além da economia do próprio núcleo familiar. Contudo, para que venha a ser autenticamente fecundo, o acontecimento não deveria permanecer isolado, mas inserir-se num adequado percurso de preparação eclesial e cultural. Portanto, formulo votos a fim de que já durante o ano de 2011, XXX aniversário da publicação da Exortação Apostólica Familiaris consortio, «magna charta» da pastoral familiar, possa ser empreendido um itinerário válido com iniciativas nos planos paroquial, diocesano e nacional, destinadas a salientar experiências de trabalho e de festa nos seus aspectos mais genuínos e positivos, com particular atenção à incidência sobre a vida concreta das famílias. Por isso, as famílias cristãs e as comunidades eclesiais do mundo inteiro sintam-se comprometidas e ponham-se com solicitude a caminho de «Milão 2012».

Como os precedentes, o VII Encontro mundial terá uma duração de cinco dias e culminará no final da tarde de sábado, com a «Festa dos Testemunhos» e na manhã de domingo, com a Missa solene. Estas duas celebrações, que serão por mim presididas, ver-nos-ão reunidos como «família de famílias». A realização global deste acontecimento será preparada de maneira a harmonizar inteiramente as várias dimensões: oração comunitária, reflexão teológica e pastoral, momentos de fraternidade e de intercâmbio entre as famílias hóspedes e as famílias do território, ressonância mediática.

O Senhor recompense desde já, com abundantes favores celestiais, a Arquidiocese ambrosiana pela generosa disponibilidade e pelo compromisso organizacional, posto ao serviço da Igreja universal e das famílias pertencentes a numerosas nações.

Enquanto invoco a intercessão da Sagrada Família de Nazaré, dedicada ao trabalho quotidiano e assídua nas celebrações festivas do seu povo, concedo de coração a Vossa Eminência, venerado Irmão, bem como aos Colaboradores, a Bênção Apostólica que, com especial afecto e de bom grado, estendo a todas as famílias comprometidas na preparação do grande Encontro de Milão.

Castel Gandolfo, 23 de Agosto de 2010.

PAPA BENTO XVI

DISCURSO DO PAPA BENTO XVI EM VIDEOCONFERÊNCIA POR OCASIÃO DA MISSA DE CONCLUSÃO DO VI ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe
Cidade do México, 18 de Janeiro de 2009
Amados irmãos e irmãs
1. Saúdo todos vós com afecto, no final desta solene celebração eucarística com que se está a concluir o VI Encontro Mundial das Famílias, na Cidade do México. Dou graças a Deus pelas inúmeras famílias que, sem poupar esforços, se reuniram ao redor do altar do Senhor.
Saúdo de modo especial o Senhor Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, que presidiu a esta celebração como meu Legado. Quero expressar o meu afecto e a minha gratidão ao Senhor Cardeal Ennio Antonelli, assim como aos membros do Pontifício Conselho para a Família, por ele presidido; ao Senhor Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera; e a Comissão Central que se ocupou da organização deste VI Encontro Mundial. O meu reconhecimento estende-se a todos aqueles que, com a sua abnegada dedicação e entrega, tornaram possível a sua realização. Saúdo também os Senhores Cardeais e Bispos presentes na celebração, de modo particular os membros da Conferência do Episcopado Mexicano e as Autoridades desta querida Nação, que generosamente hospedaram e tornaram possível este importante acontecimento.
Os mexicanos sabem bem que estão muito próximos do coração do Papa. Penso neles e apresento a Deus Pai as suas alegrias e as suas esperanças, os seus projectos e as suas preocupações. No México, o Evangelho arraigou-se profundamente, forjando as suas tradições, a sua cultura e a identidade das suas nobres populações. É necessário cuidar deste rico património, para que continue a ser manancial de energias morais e espirituais, para enfrentar com intrepidez e criatividade os desafios do presente, e oferecê-lo como dádiva preciosa às novas gerações.
Participei com alegria e interesse neste Encontro Mundial, principalmente com a minha oração, dando orientações específicas e acompanhando atentamente a sua preparação e o seu desenvolvimento. Hoje, através dos meios de comunicação, peregrinei espiritualmente até esse Santuário mariano, coração do México e de toda a América, para confiar a Nossa Senhora de Guadalupe todas as famílias do mundo.
2. Este Encontro Mundial das Famílias quis animar os lares cristãos, a fim de que os seus membros sejam pessoas livres e ricas de valores humanos e evangélicos, a caminho da santidade, que é o melhor serviço que nós cristãos podemos oferecer à sociedade actual. A resposta cristã diante dos desafios, que a família e a vida humana em geral devem enfrentar, consiste em refortalecer a confiança no Senhor e o vigor que brota da própria fé, que se alimenta da escuta atenta da Palavra de Deus. Como é bonito reunir-se em família, para permitir que Deus fale ao coração dos seus membros através da sua Palavra viva e eficaz! Na oração, de forma especial mediante a recitação do Rosário como se fez ontem, a família contempla os mistérios da vida de Jesus, interioriza os valores que medita e sente-se chamada a encarná-los na sua vida.
3. A família é um fundamento indispensável para a sociedade e os povos, assim como um bem insubstituível para os filhos, dignos de vir à vida como fruto do amor, da entrega total e generosa dos pais. Como pôs em evidência Jesus, honrando a Virgem Maria e São José, a família ocupa um lugar primário na educação da pessoa. É uma verdadeira escola de humanidade e de valores perenes. Ninguém se deu a vida a si mesmo. Recebemos de outros a vida, que se desenvolve e amadurece com as verdades e os valores que aprendemos no relacionamento e na comunhão com os demais. Neste sentido, a família fundada no matrimónio indissolúvel entre um homem a uma mulher expressa esta dimensão de relacionamento, filial e comunitária, e é o âmbito onde o homem pode nascer com dignidade, crescer e desenvolver-se de maneira integral (cf. Homilia na Santa Missa por ocasião do V Encontro Mundial das Famílias, Valença, 9 de Julho de 2006).
No entanto, esta obra educativa é dificultada por um conceito errado de liberdade, em que o capricho e os impulsos subjectivos do indivíduo são exaltados a ponto de deixar cada um encerrado na prisão do próprio ego. A verdadeira liberdade do ser humano provém do facto de ter sido criado à imagem e semelhança de Deus, e por isso deve ser exercida com responsabilidade, optando sempre pelo bem verdadeiro, a fim de que se transforme em amor, em dom de si mesmo. Para isto, mais do que teorias são precisos a proximidade e o amor característicos da comunidade familiar. É no lar que se aprende a viver verdadeiramente, a valorizar a vida e a saúde, a liberdade e a paz, a justiça e a verdade, o trabalho, a concórdia e o respeito.
4. Hoje mais do que nunca são necessários o testemunho e o compromisso público de todos os baptizados, para reafirmar a dignidade e o valor único e insubstituível da família fundada no matrimónio de um homem com uma mulher e aberto à vida, assim como da vida humana em todas as suas etapas. Devem-se promover também medidas legislativas e administrativas que ajudem as famílias nos seus direitos inalienáveis, necessários para dar continuidade à sua missão extraordinária. Os testemunhos apresentados na celebração de ontem mostram que também hoje a família pode manter-se firme no amor de Deus e renovar a humanidade no novo milénio.
5. Desejo manifestar a minha proximidade e assegurar a minha oração por todas as famílias que dão testemunho de fidelidade em circunstâncias particularmente árduas. Encorajo as famílias numerosas que, vivendo às vezes no meio de contrariedades e incompreensões, dão um exemplo de generosidade e confiança em Deus, desejando que não lhes faltem as ajudas necessárias. Penso inclusive nas famílias que sofrem por causa da pobreza, da enfermidade, da marginalização ou da emigração. E de maneira muito especial nas famílias cristãs que são perseguidas por causa da sua fé. O Papa está muito próximo de todos vós e acompanha-vos no vosso esforço de cada dia.
6. Antes de concluir este encontro, apraz-me anunciar que o VII Encontro Mundial das Famíliasterá lugar, se Deus quiser, na Itália, na cidade de Milão, no ano de 2012, sobre o tema: "A família, o trabalho e a festa". Agradeço sinceramente ao Senhor Cardeal Dionigi Tettamanzi, Arcebispo de Milão, a amabilidade com que aceitou este importante compromisso.
7. Confio todas as famílias do mundo à protecção da Santíssima Virgem, tão venerada na nobre terra mexicana, sob a denominação de Guadalupe. A Ela, que nos recorda sempre que a nossa felicidade consiste em cumprir a vontade de Cristo (cf. Jo 2, 5), digo-lhe agora:
Santíssima Mãe de Guadalupe,
que manifestaste o teu amor e a tua ternura
aos povos do continente americano,
enche de alegria e de esperança todos os povos
e todas as famílias do mundo.
A ti, que precedes e orientas o nosso caminho de fé
para a pátria eterna,
confiamos as alegrias, os projectos,
as preocupações e os anseios de todas as famílias.
Ó Maria,
a ti recorremos, confiando na tua ternura de Mãe.
Não desatendas as súplicas que te dirigimos
por todas as famílias do mundo,
neste período crucial da história,
aliás, acolhe todos nós no teu Coração de Mãe
e acompanha-nos no nosso caminho para a pátria celestial.
Amém!